Canoeiro no AM suspeito de matar filho vai a júri popular
O bebê de quatro meses foi jogado no rio em agosto de 2015 e o pai é suspeito do crime

Manaus - O canoeiro Josias de Oliveira Alves, o “Salsicha”, suspeito de matar o próprio filho, o bebê Pablo Pietro, de quatro meses, jogando-o no rio Negro, em agosto de 2015 vai a Júri Popular, conforme os autos n°: 0232563-53.2015.8.04.0001 da 1ª Vara do Tribunal do Júri. No último dia 18 de junho deste ano, a juíza Mirza Telma, pronunciou o julgamento pelo tribunal do povo.
De acordo com os autos da Justiça, no dia 14 de agosto de 2015, por volta das 21h, no rio Negro, na bacia do São Raimundo, a bordo de um bote, Josias tentou contra a vida da sua ex-companheira, Cleudes Maria Batista de Moraes, e matou seu filho Pablo Pietro.
Segundo consta no caderno investigatório da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), após termino da relação, Josias passou a prestar ajuda financeira a sua ex-companheira.
No dia do crime, marcou encontro no porto São Raimundo com Cleudes para entregar-lhe determinada quantia. Então, a ex-mulher do suspeito dirigiu-se com o filho de Manacapuru para o porto.
Ainda conforme a polícia, Josias chegou no local e passou a discutir com Cleudes, culminando em agressões mútuas. Instantes depois, com os ânimos mais calmos, Josias e Cleudes, mais o bebê, entraram em um bote.
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Em depoimento, Cleudes afirmou após dar meia volta e ir em direção ao meio do rio, Josias tentou estrangular a ex-companheira pelas costas fazendo uso de uma corda enquanto segurava o filho no braço esquerdo.
Segundo ela, a mesma chegou a usar o braço direito para se desvencilhar da empreitada criminosa do ex-companheiro. “Josias passou a puxar o bebê do colo da mãe, que a segurava com força contra o peito, oportunidade na qual conseguiu arrancá-lo, para então lançar o próprio filho nas águas do rio Negro. A mulher também afirmou que caiu na água e não conseguiu achar o filho”, explica o documento judicial.
Após o ato criminoso, Cleudes afirmou que foi deixada a margem do rio e comunicou a situação a polícia.
Na decisão judicial, Mirza Telma explica que existem nos autos os requisitos autorizadores da pronúncia, quais sejam, indícios suficientes de autoria e prova de materialidade.
Alegações
A defesa de Josias, juntou nos autos Cleudes ao longo do processo criminal foi presa por tráfico de drogas, em 2016, em Manacapuru e também na época do fato pela morte do bebê, possui personalidade voltada para o crime, e apresentou diferentes versões para o crime a Polícia e a Justiça
Acesse ao vídeo da época em que o pai se entregou em 2015:
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