Educadoras manauaras são finalistas de prêmio a melhores educadores
Vencedores serão anunciados no final deste mês, no programa Encontro com Fátima Bernardes, da Rede Globo
Manaus - Com projetos que atendem crianças da educação básica, duas professoras manauaras foram classificadas para a final de um grande prêmio para educadores. Luana Camila de Souza Lima e Lúcia Cristina Cortez de Barros Santos realizaram seus projetos em escolas públicas de Manaus e São Paulo e agora participam da última etapa do Prêmio Educador Nota 10, que está em sua 23ª edição. Elas concorrem com profissionais de outros 19 estados brasileiros.
Com o projeto A música como instrumento inclusivo no ensino da língua inglesa, a professora de Língua Estrangeira, Luana Lima, da Escola Municipal Professor Waldir Garcia, apresentou canções em inglês, espanhol e francês crioulo aos alunos do 4º e 5º anos. A docente ainda promoveu rodas de conversa para que as crianças estrangeiras pudessem falar sobre suas famílias, cultura e língua. Em uma escola multicultural, montou um coral que se consagrou na rede pública de Manaus após seis meses de ensaios.
Para legitimar a prática do canto de forma mais efetiva, a professora convidou um estudante de música da Universidade Estadual do Amazonas para contribuir. Ele esteve presente em todos os ensaios, que resultaram em apresentações surpreendentes.
O outro projeto de destaque é de Lúcia Cortez, diretora da mesma escola. A inclusão é o princípio norteador das ações de gestão nesta unidade municipal de tempo integral, que recebe alunos haitianos, venezuelanos, com deficiência e em situação de risco. Com o objetivo de viabilizar sua iniciativa, denominada Acolher para todos envolver e aprender, Lúcia visitou escolas públicas inovadoras em São Paulo para entender os princípios da Educação Integral e mudar da prática pedagógica tradicional, que acentua desigualdades, para uma gestão democrática.
Com isso, conseguiu desburocratizar relações, estabelecer vínculos, engajar e dialogar com todos os atores da comunidade escolar. Os resultados de avaliações internas e externas permitem revisar o processo de ensino, pois o foco central é a aprendizagem. As decisões são feitas em assembleias, onde os alunos atuam como protagonistas. Cada uma das 223 crianças escolhe um tutor, que a acompanha até o final do 5º ano.
Outras iniciativas
Entre os projetos selecionados, 10 são de Língua Portuguesa, 5 de Educação Física, 4 de História, 4 de Geografia e 4 focados no aprendizado de crianças bem pequenas. Artes, Ciências da Natureza, Matemática, Coordenação Pedagógica e Língua Estrangeira, tiveram 3 trabalhos cada, escolhidos. Completam a lista, 2 projetos de Diretores e outros 1 para crianças pequenas, além de 1 de cada uma das seguintes disciplinas: Física, Química, Filosofia e Biologia, junto com 1 trabalho focado em bebês.
Por ciclo educacional, são 25 do Ensino Fundamental – somados anos iniciais e finais –, 14 do Ensino Médio e 6 da Educação Infantil. Há ainda 5 trabalhos de Gestão Escolar. A região do país com maior representatividade entre os finalistas é a Sudeste, seguida pela Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste.
Reconhecimento e premiação
O reconhecimento e a valorização desses profissionais se dão por meio da divulgação na mídia, redes sociais e um certificado de participação a cada um dos 50 finalistas. Eles também aguardam com ansiedade a seleção dos 10 vencedores, que serão anunciados no dia 20 de julho no programa Encontro com Fátima Bernardes na Globo.
Os 10 vencedores selecionados ganham um vale-presente no valor de R$ 15 mil. Já o Educador do Ano escolhido pela Academia de Jurados, e que será reconhecido ainda neste ano, recebe outro vale-presente, também no valor de R$ 15 mil. As escolas dos vencedores também recebem uma verba para celebração.
O Prêmio Educador Nota 10 foi criado em 1998 pela Fundação Victor Civita que, desde 2014, realiza a premiação em parceria com abril, Globo e Fundação Roberto Marinho. O Prêmio reconhece e valoriza professores da Educação Infantil ao Ensino Médio e também coordenadores pedagógicos e gestores escolares de escolas públicas e privadas de todo o país. Ao longo das 22 edições anteriores, foram premiados 281 educadores, entre professores e gestores escolares, que receberam aproximadamente R$ 2,85 milhões em prêmios no total.
O Prêmio Educador Nota 10 tem o patrocínio da Fundação Lemann, SOMOS Educação e BDO e o apoio de Nova Escola, Instituto Rodrigo Mendes e Unicef. Desde 2018, é associado ao Global Teacher Prize, prêmio internacional de educação, realizado pela Fundação Varkey.
A lista completa dos classificados pode ser encontrada no site da premiação.
Sobre a Fundação Victor Civita
A Fundação Victor Civita foi criada em 1985 como uma das primeiras iniciativas brasileiras no campo social. Sua missão é valorizar o trabalho de professores e gestores, disseminando as melhores práticas da Educação Básica para auxiliar os educadores brasileiros a enfrentar os desafios de seu tempo. Em 1998, criou o Prêmio Educador Nota 10, o maior e mais importante prêmio da Educação Básica brasileira.
Sobre a Fundação Roberto Marinho
A Fundação Roberto Marinho inova, há 40 anos, em soluções de educação para não deixar ninguém para trás. Desenvolve projetos voltados para a escolaridade básica e para a solução de problemas educacionais que impactam nas avaliações nacionais, como distorção idade-série, evasão escolar e defasagem na aprendizagem. Atua em soluções de educação, com foco em correção de fluxo e projeto complementar, e na inclusão de jovens no mundo do trabalho. Seus projetos atuam de forma integrada a diversas outras ações relacionadas às 10 competências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), visando contribuir para uma sociedade mais ética, inclusiva, sustentável e solidária.
*Com informações da Assessoria