Ministério do Meio Ambiente cria Secretaria da Amazônia
De acordo com o decreto publicado hoje, a Secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais ficará encarregada de formular e coordenar estratégias para a “prevenção e controle do desmatamento ilegal, dos incêndios florestais e das queimadas”.

BRASÍLIA – O governo federal divulgou nesta quarta-feira uma mudança na estrutura do Ministério do Meio Ambiente. Com a mudança, o ministério vai ter, agora, uma secretaria especificamente dedicada à Amazônia e outra destinada a assuntos climáticos. A alteração acontece em meio ao avanço do desmatamento na Amazônia.
A mudança foi publicada na edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União (DOU). O número de secretarias foi mantido em seis, mas algumas delas sofreram alterações e outras foram incorporadas para dar lugar à secretaria da Amazônia.
De acordo com o decreto publicado hoje, a Secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais ficará encarregada de formular e coordenar estratégias para a “prevenção e controle do desmatamento ilegal, dos incêndios florestais e das queimadas”. A secretaria também ficará encarregada de formular políticas para promover a redução das emissões de gases do efeito estufa e relacionadas à comercialização dos estoques de carbono florestal.
O ministro o Meio Ambiente, Ricardo Salles, tem defendido o pagamento por serviços ambientais como uma das formas de garantir o financiamento necessário para o combate ao desmatamento na Amazônia.
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Críticas pelo desmatamento

Nos últimos meses, o Brasil voltou a ser alvo da atenção internacional em razão do aumento nas taxas de desmatamento e incêndios florestais. O desmatamento na Floresta Amazônica cresceu 33% entre agosto de 2019 e julho de 2020 em comparação com o mesmo período entre 2018 e 2019, indicam dados do sistema de monitoramento por satélite Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Neste período, um total de 9.205 km² de floresta foi derrubada, um aumento expressivo em relação aos 6.844 km² registrados no período anterior. É o maior indice desde o início da série do Deter, que começou em 2015.
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