Ovos de Páscoa caseiros caem no gosto dos consumidores
Busca em redes sociais demonstram o interesse dos brasileiros em opções mais econômicas, geralmente encontradas com os ovos caseiros

São Paulo - A Páscoa é uma data comemorativa que movimenta a economia brasileira, mas pode ter um resultado diferente para as empresas de chocolate neste ano. Um estudo realizado pela Sprinklr, plataforma de gerenciamento de redes sociais, revelou que um dos fatores mais citados pelos usuários foi o preço dos itens vendidos pelas grandes marcas.
Além da insatisfação com o valor dos ovos de chocolate, notou-se uma busca por outras
alternativas, como o ovo de colher artesanal, normalmente feito por pequenos
produtores, ou uma caixa de bombom tradicional.
A intenção de comprar produtos feitos de chocolate e
presentear pessoas queridas existe, mas os famosos ovos vendidos no
supermercado foram pouco citados nas redes sociais, o que mostra uma
preferência pelo chocolate caseiro e artesanal. Com isso, é possível concluir
que houve uma mudança na visão dos consumidores sobre o valor atribuído aos
produtos.
O tipo de ovo que mais está sendo comentado pelo público é o de colher. Foram 42,1 mil menções, praticamente cinco vezes mais do que o segundo colocado, o ovo recheado (um sabor que também remete ao chocolate caseiro). Já uma das promessas para a Páscoa deste ano, o ovo de chocolate rosa, não estourou nas redes sociais. É possível que ao longo do feriado as pessoas descubram esse novo sabor, mas, por enquanto, o chocolate ruby teve apenas 1,2% das menções.

O que corrobora a preferência dos usuários por produtos mais artesanais é a baixa alusão às grandes marcas. Os grandes nomes do segmento de chocolate tiveram menos de 1% das menções. Os famosos ovos que lotam os supermercados tiveram um pouco mais de popularidade, mas não chegaram a 4% do total.
Ainda segundo o estudo, uma das razões para a valorização dos ovos artesanais é o preço. Cerca de 60 mil usuários reclamaram sobre o valor dos produtos tradicionais, muitas vezes transformando a indignação em humor e fazendo piadas com o que deveria haver dentro do ovo para compensar seu preço.
Foram 75 mil posts comentando o valor dos ovos de Páscoa, isto é, um quarto
do total. A preocupação com o preço se refletiu nas palavras mais usadas pelos
usuários: termos como "70,00", "reais", "pago",
"0,00" foram dos mais usados.
Entre as palavras mais usadas também aparece o termo
"bombom". Devido ao preço dos produtos, muita gente está
pensando em trocar os tradicionais ovos de chocolate por outros itens, como
caixas de bombom ou barras de chocolate – o primeiro foi quatro vezes mais
mencionado do que o segundo. Essa preferência indica que, mesmo optando por não
comprar ovos, as pessoas ainda querem presentear os outros com produtos mais
elaborados.
A ideia de presentear as pessoas com chocolate na Páscoa,
inclusive, é muito mais forte do que a de receber. Dos posts que citavam a
intenção dos usuários, mais de 70% falava em oferecer chocolate a alguém,
enquanto apenas 30% se referiam a ganhar tais produtos.
Sobre o estudo
O estudo foi feito para entender o que as pessoas estavam falando sobre a
Páscoa e suas intenções de compra em relação ao feriado. Através do módulo de
Listening da plataforma Sprinklr, foram levantados dados e insights do que
havia sido dito nas redes sociais entre entre os dias 11/3 e 14/4. Ao todo
foram 312,497 posts em várias plataformas diferentes e 157 mil usuários únicos
falando sobre o assunto.
As redes sociais acompanham todas as datas comemorativas – e com a Páscoa não foi diferente. Conforme a data se aproxima, mais e mais pessoas estão conversando sobre o feriado que se aproxima e seu principal símbolo, o ovo de páscoa.
*Com informações da assessoria
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