Governo do AM fortalece ações para amparo ao agronegócio no AM
Mais de 900 toneladas de alimentos produzidos por amazonenses foram compradas pelo Estado, durante a pandemia, por meio da Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS)
Manaus - A produção rural no Amazonas tem se mantido ativa mesmo em tempos de pandemia. Com o apoio do Governo do Estado, que por meio da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), já comprou mais de 900 toneladas de produtos regionais. Com essa estratégia, desde o início da pandemia, os impactos econômicos têm sido minimizados para pequenos e médios produtores.
Os alimentos comprados da produção de agricultores,
associações, cooperativas, agroindústrias e feirantes são posteriormente doados
para instituições filantrópicas cadastradas no Governo por meio das secretarias
de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e de Assistência Social
(Seas), e do Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS).
Com a iniciativa, uma média de 90 toneladas de produtos
regionais são adquiridos toda semana, movimentando o setor primário e
garantindo segurança alimentar para famílias em situação de vulnerabilidade.
Desse total, cerca de 10 toneladas correspondem a produtos processados e 80
toneladas são oriundos da agricultura familiar.
“Chega a superar inclusive a média do Preme (Programa de
Regionalização da Merenda Escolar), pois, foram adquiridos muitos produtos
produzidos em área de várzea como macaxeira, abóbora, mamão, couve, cheiro
verde, batata doce, cará, entre outros”, explica o diretor técnico da ADS,
Tomás Sanches.
Além de movimentar a economia e ajudar pessoas
necessitadas, a ação também evita o desperdício dos alimentos produzidos. A
presidente da Cooperativa de Fruticultura dos Agricultores do Município de
Manacapuru (COOPFAMMA), Núbia dos Santos, diz que, se não fosse esse apoio
emergencial como forma de minimizar os prejuízos da pandemia, os 96 associados
corriam o sério risco de perder toneladas de mamão, banana e macaxeira.
“O caso do mamão, por exemplo, é que após ele amadurecer,
temos que vender em no máximo três ou quatro dias, senão estraga. A macaxeira,
senão colhermos no tempo exato, ela encharca. Com a banana não é diferente,
porque ela também tem um período para amadurecer e se não for vendida,
estraga”, disse a produtora. Ela ressalta ainda que os produtores do município
cadastrados nos programas da ADS, têm conseguido manter um faturamento médio de
50% do que era faturado antes da pandemia.
“Ao menos não estamos parados e conseguimos trabalhar,
garantir nossas rendas e ainda cumprir o isolamento social, porque nem saímos de
casa, buscam nossos produtos onde moramos. Assim podemos nos proteger deste
vírus”, completou a presidente da cooperativa.
A presidente da Associação de Produtores Rurais do
município de Iranduba (PDS – Catalão), Amine Vieira, destaca que dos 30
agricultores associados em sua região, nenhum contou com desperdício de
alimentos, realidade que seria totalmente diferente se não fosse o apoio da ADS
por meio das compras semanais.
“Sem dúvida, esse tem sido um grande incentivo para o
produtor rural. Porque seria muito triste o produtor plantar e não ter para
quem vender, já que está tudo parado”, afirmou a representante do PDS Catalão,
que atualmente fornece produtos como couve, abóbora, macaxeira, pimentão,
limão, pimenta de cheio e cheiro verde.
19 municípios
As entregas das mais de 900 toneladas de alimentos vêm sendo realizadas desde o dia 18 de março. Do total, 822 toneladas são oriundas da produção dos credenciados no Programa de Assistência Familiar, criado pela Lei Nº 5.161, de 2 de abril de 2020, e outras 82 toneladas são dos feirantes da ADS, beneficiando agricultores nos municípios de Autazes, Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Novo Airão, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Careiro Castanho, Anamã, Japurá, Benjamin Constant, Carauari, Careiro da Várzea, Eirunepé, Codajás, Manaquiri, Parintins e Manaus.
Nos municípios onde a ADS realiza a Feira de Produtos
Regionais pelo interior, os participantes também estão vendendo seus produtos
para o Governo. Mais de 39 toneladas já foram fornecidas. Os alimentos são
disponibilizados para o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) local,
para distribuição a famílias carentes.
Os feirantes também
Feirantes do Setor de Alimentação das Feiras de Produtos Regionais da ADS, também têm conseguido manter a renda em tempos de isolamento social, pois, todas as quartas-feiras, são realizadas distribuições de alimentos para pessoas em vulnerabilidade social em ação realizada com a parceria das secretarias de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e de Assistência Social (Seas), e pelo Fundo de Promoção Social e Erradicação da Pobreza (FPS).
Ao todo já foram distribuídas nove toneladas de
alimentos por mais de 174 fornecedores, em uma média semanal de 30
empreendedores. Entre os produtos entregues estão: marmitas, sopas, tapiocas,
pães, pastéis, sucos naturais, açaí, mingau, bolos, picolés, caldo de cana,
xaropes entre outros.
*Com informações da assessoria